Bem-Vindo ao Blog "Ecologia Urbana" construindo a cidade Sustentável... esse é um espaço para profissionais de diferentes áreas que atuam nos centros urbanos e visem a busca da saúde ambiental desse "ecossistema". Aqui será um espaço para construirmos uma nova forma de ver e de atuar nas cidades... em prol de manter a vida e manter a vida de qualidade nesse planeta...
terça-feira, 28 de julho de 2009
Ecologia Urbana: construindo a cidade sustentável...
O termo Ecologia Urbana refere-se a uma área da ecologia que visa estudar os sistemas naturais e as interações entre os seres-vivos dentro dos centros urbanos. Além de buscar avaliar o impacto das cidades em populações e comunidades de plantas e animais bem como nos fatores abióticos como água e clima, os profissionais que trabalham nas cidades devem entender as necessidades desses centros e as conseqüências resultantes dos “desequilíbrios”.
A migração de populações humanas para as cidades impõe grandes desafios ambientais desde a criação dos primeiros centros urbanos e tomaram elevadas proporções na atualidade. O desafio do novo milênio é encontrar novas perspectivas para os centros urbanos, a fim de viabilizar a sua existência. Para tanto, são debatidos problemas sérios como impermeabilização dos solos, emissão de ga
ses nocivos, poluição das águas, geração de resíduos sólidos, intoxicação por produtos industriais, espécies animais, vegetais e doenças que causam sérios danos à saúde e carreiam prejuízos econômicos. Os centros urbanos são considerados por alguns estudiosos como superorganismos que possuem um metabolismo próprio e extremamente necessário para sua sobrevivência. Porém, para manter esse metabolismo, necessita de um consumo excessivo de recursos naturais, os quais vêm das áreas rurais e naturais. Assim, a busca de energias limpas, de alimentos saudáveis, de redução, reutilização e reciclagem de resíduos, do reflorestamento, manejo e conservação de áreas verdes e da saúde física, mental e social dos habitantes desses centros são pontos fundamentais para o funcionamento das cidades.
O foco principal do profissional que a atua nos centros urbanos é o ser humano, o agente, receptor e ator de todo o processo de ação antrópica. Logo, o próprio homem está sentindo as conseqüências do seu desenvolvimento tecnológico. A tecnologia foi a estratégia evolutiva adotada pela espécie humana com a finalidade de promover a sua sobrevivência, porém pode ser a causa da sua extinção. Em um primeiro momento o objetivo era estabelecer grupos sociais cada vez maiores e complexos. E, embora, as conseqüências desses aglomerados tenham sido notadas desde o início, estamos vivendo o momento de reflexões e ações efetivas que visem reverter uma situação considerada catastrófica por muitos.
Alterações em um “ambiente em equilíbrio” é comum, esperado e necessário. Seja um uma árvore velha que cai abrindo uma clareira, um vulcão em erupção, até meteoros gingantes que mudam a atmosfera por centenas de anos. Na verdade os cinco grandes eventos de extinç
ão pelo qual nosso planeta passou, gerava muito mais diversidade durante o processo de recuperação. A partir do momento que o ser humano entra em ação ele altera o ambiente sem deixar chances de recuperação. Podemos citar inúmeras conseqüências dessa única espécie “pensante” em nosso planeta: infecção e extinção de nascentes de água e reservas subterrâneas, desmatamento, degradação do solo...
A entrada do ser humano no cen
ário evolutivo da vida do nosso planeta nos coloca diante do sexto fator de extinção, agora exercido por uma única espécie, e pior, que sabe o que está fazendo, sabe das conseqüências e felizmente, alguns deles, se preocupam em procurar uma solução....
Voltando ao início... quem irá mudar o rumo da evolução humana? Discutir a manutenção da vida no nosso planeta é uma obrigação de todos os segmentos da sociedade: a academia, os órgãos gestores, a comunidade... mas os principais atores são as pessoas, individualmente a consciência de si como ser coletivo e não individual. Na busca da sobrevivência da espécie e não apenas na sua sobrevivência imediata. Conscientizar é o mesmo que auto-conscientizar? Precisamos mudar atitudes, mudar paradigmas, o que envolve educação e ações de longa duração... como fazer isso se vivemos em uma época de informações rápidas, de viver o momento e de salvar a própria pele?
Me digam o que vocês pensam sobre isso...