quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Uso De Agrotóxicos: Colhemos O Que Plantamos


Série Ensaios: Ecologia Urbana

Por Kauany Lima Espechiki e Nathaly Karoline de Almeida
Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas


Atualmente, a preocupação com a segurança dos alimentos que consumimos tem sido cada vez maior. Em qualquer unidade de produção, seja uma lavoura, pomar ou horta, o desenvolvimento adequado das culturas depende do manejo cuidadoso do solo e das plantas, de uma adubação equilibrada e dos cuidados com o controle de pragas (insetos, agente de doenças e plantas espontâneas). Um dos principais danos causado em plantações decorre do ataque de pragas agrícolas, ou seja, organismos que competem direta ou indiretamente com o homem por alimento, matéria prima ou prejudicam a saúde e o bem-estar do homem e animais.
Na agricultura, o conceito inseto-praga está diretamente relacionado com as implicações econômicas produzidas pela sua alimentação nas plantas. Um único inseto nunca produzirá um dano que compense a sua eliminação da cultura. Somente quando a densidade populacional atinge determinada população, é que eles irão consumir uma quantidade de alimento que produzirá um prejuízo para a planta explorada pelo homem. Para tanto, o homem realiza o manejo integrado de pragas através de diversos métodos: práticas culturais, controle natural, biológico, físico e por agrotóxicos, visto que isto evita o desperdício de insumos, buscando a produção econômica de alimentos saudáveis e, dentre todos estes meios de manejo, o mais utilizado por agricultores são os agrotóxicos. Embora seja um instrumento muito útil no controle de doenças, pragas e plantas daninhas, o uso de defensivo agrícola ou agrotóxico exige que o proprietário e os aplicadores tenham um conhecimento básico sobre o modo de ação, doses recomendadas, hora e época da aplicação, formulação do produto, classe toxicológica e cuidados durante e após a aplicação, portanto sua utilização exige uma série de cuidados. Fique de olho, pois os agrotóxicos são substâncias químicas que merecem muita atenção por parte dos produtores rurais. Agrotóxico é um produto perigoso! Quando é utilizado e, principalmente, no manuseio diário, pode causar doenças. Fique alerta, pois “prevenir é sempre melhor do que remediar”.

O presente ensaio foi elaborado para a disciplina de Biologia Econômica e Sanitária, baseando-se nas seguintes obras:


ANVISA (2011). Cartilha sobre agrotóxicos: Série Trilhas do Campo. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9e0b790048bc49b0a4f2af9a6e94f0d0/Cartilha.pdf?MOD=AJPERES. Acesso em 24 de outubro de 2012.
Cunha, H. (2009). Defensivo agrícola: armazenamento, manuseio e descarte de embalagens (ABRAPA). Disponível em: http://www.abrapa.com.br/biblioteca/Documents/sustentabilidade/PSOAL/Cartilhas-PSOAL/Cartilha%20Defensivo%20Agr%C3%ADcola.pdf. Acesso em 24 de outubro de 2012.
PAS Campo. (2005). Boas práticas agrícolas para produção de alimentos seguros no campo: controle de pragas. Brasília, DF: Embrapa Transferência de Tecnologia, 2005. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/854857/1/BOASPRATICASAGRICControledepragas.pdf.  Acesso em 24 de outubro de 2012.
Santos, B. (2011). A origem e a importância dos insetos como praga das plantas cultivadas. Universidade Federal do Paraná, SCB. Disponível em: http://people.ufpr.br/~parasito.florestal/arquivos/origem_praga.pdf. Acesso em 24 de outubro de 2012.

Quando o homem conhecerá o intimo de cada animal?


Série ensaios: Ecologia Urbana

por Guilherme Machado Gonçalves; Héllen Thaiane Moreira Da Silva

Acadêmicos do Curso de ciências Biológicas

No século XVIII o iluminismo foi um marco na história da humanidade, pois, foi nesta época que começaram os grandes avanços tecnológicos. Porém o avanço da tecnologia fez com que o homem se esquecesse de conhecer a si mesmo. Os animais continuaram sendo tratados  máquinas, pois se acreditava que eles existiam com o único propósito de servir ao homem. Durante a Segunda Guerra Mundial o homem passou a utilizar os animais como produção: tanto para alimentação, trabalho, vestuário, pesquisa, na indústria e no entretenimento. Neste momento houve certa preocupação com o bem-estar animal, termo este que ainda não havia sido inventado. 
O bem-estar animal veio a ser conhecido pelo mundo a partir do livro “Animal Machines” de Ruth Harrison em 1964. Este livro colaborou para a criação de comissões que visavam avaliar o bem-estar dos animais de produção e propor melhorias. Visão esta que era voltada apenas para o público, de como os animais deveriam ser tratados em cativeiro. Assim, apenas caracterizava o estado dos animais em cativeiro e após esta análise incrementavam o bem-estar quando sob a responsabilidade de humanos. Portanto, o bem-estar animal tem como base a funcionamento orgânico e a saúde dos animais. É importante lembrar que o termo “bem-estar” também se preocupa com a saúde mental dos animais. Então, fica claro que o bem-estar animal não respeita apenas à qualidade de vida dos animais, mas principalmente à percepção que eles têm dela.
A preocupação com o bem-estar dos animais levanta algumas questões a respeito da utilização destes para o entretenimento. O bem-estar animal é a área que sofre a maior diversidade de abusos contra os animais. A utilização de animais para o entretenimento gera sérios problemas, tanto para o bem-estar do animal em si quanto, em alguns casos, para a preservação da espécie. A indústria do entretenimento usa esses animais para uma grande variedade de funções, como: zoológicos, circos, caças, rinhas, touradas, rodeios e corridas. Os zoológicos foram criados, a princípio, como uma forma de expor os animais para a sociedade, sem nenhuma preocupação com a qualidade de vida desses animais e gerando uma deseducação ambiental nas gerações que viriam. Atualmente, os animais que vivem nos zoológicos ainda são expostos para a sociedade, porém, agora com a justificativa de preservar as espécies que ali vivem. No entanto, o ambiente de cativeiro é um fator limitante, que leva muitos animais a terem comportamentos anormais, pois, não proporcionam a eles as condições que encontrariam em seu habitat natural.
Nós formandos de biologia acreditamos que tendo em vista a dificuldade de se recriar o habitat natural destes animais em cativeiro e em razão disso muitos deles apresentam comportamentos anormais visíveis, esses lugares deveriam ser abolidos e esses animais remanejados para santuários, onde pudessem terminar seus dias com melhor dignidade e qualidade de vida. Porém, deve-se levar em conta que essa atitude demandaria de muito investimento e força de vontade das autoridades em criar leis de fiscalização para estes lugares. Então se torna mais viável a utilização do enriquecimento ambiental, pois, seria talvez a melhor forma de proporcionar um melhor bem-estar animal e diminuir ou amenizar o mal-estar animal.


O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Biologia Econômica e Sanitária II. Baseando-se nas obras:

Animalmosaic. Animal para Entretenimento. Disponível em: > Acesso em: 26 de setembro de 2012.
Chalfun, M. Animais, manifestações culturais e entretenimento, lazer ou sofrimento? Disponível em: < http://www.abolicionismoanimal.org.br/artigos/animaismanifestaesculturaiseentretenimentolazerousofrimento.pdf>. Acesso em: 22 setembro de 2012.
 Fischer. Workshop em ética e bem-estar no uso de animais no entreterinemto. Disponível em: <http://etologia-no-dia-a-dia.blogspot.com.br/2012/09/workshop-em-etica-e-bem-estar-no-uso-de.html> Acesso em: 29 de setembro de 2012.
Harrison, R. “Animal Machines”. London: Stuart, 215p, 1964.
Ladeia, I. R. B. Zoológicos naturalísticos: a diversão do público aliada ao bem estar animal. Disponível em: Acesso em: 20 de setembro de 2012.
Sanders, A.; Feijó, A. G.S. Uma reflexão sobre animais selvagens cativos em zoológicos na sociedade atual. Revista Eletrônica da sociedade Rio-Grandense de Bioética, Porto Alegre, Vol. 1, Número 4, Jul. 2007.