sábado, 6 de agosto de 2011

não sabe o que fazer com as caixas de leite?

I Workshop binacional Brasil-Argentina sobre ações de manejo e controle do Caramujo Gigante Africano Achatina fulica”

No dia 27 de julho de 2011 ocorreu na Pontifícia Universidade Católica do Paraná o “I Workshop binacional Brasil-Argentina sobre ações de manejo e controle do Caramujo Gigante Africano Achatina fulica” sob a organização de Eduardo Colley (UFPR), Marta Fischer (PUCPR) e Guillermo Gaudio (SENASA – ARG).

O objetivo do encontro foi realizar um debate técnico-científico envolvendo as perspectivas dos três setores da sociedade reunidos no encontro para que ao final sejam estabelecidas as diretrizes que devem orientar as ações futuras e as metas a serem cumpridas e que contemplam a responsabilidade de todos os órgãos representados no encontro.

O encontro evidenciou que no Estado do Paraná, Brasil na Província de Misiones, Argentina Achatina fulica é reconhecida uma espécie invasora que vem causando danos ambientais e sobre a malacofauna nativa e prejuízos eventuais sobre pequenos e médios produtores agrícolas. Quanto às questões de saúde, o molusco representa um risco potencial de transmissão de distintas enfermidades a saúde humana e animal.

Portanto ficou estabelecido que é necessário o desenvolvimento de um trabalho de manejo do molusco terrestre invasor que envolva todos os setores da sociedade descritos nos seguintes tópicos:

Compartilhar informações sobre as ações distintas e pesquisas relacionadas ao monitoramento e controle de Achatina fulica – Guillermo Gaudio (SENASA – ARG).

Ênfase no controle entre fronteiras internacionais na América do Sul, principalmente entre Argentina, Brasil e Paraguai – Carlos Benzo (SENASA – ARG).

Analisar as medidas legais vigentes sobre espécies invasoras que possam ser aplicadas na Argentina – Carlos Avalos (SENASA – ARG).

Desenvolver um trabalho contínuo de monitoramento entre os distintos países e que possam envolver todos os países que apresentam o problema – Pedro Mendez (SENASA – ARG).

Contar com a colaboração de pesquisadores de distintas áreas para monitorar a distribuição de Achatina fulica em todos os municípios do Estado do Paraná – Otto Mader Netto (LACTEC – BRA).

Considerar a utilização racional de Achatina fulica tendo em vista a resolução do problema provocado pela invasão do caramujo gigante africano – Roberto Lamego (SALVEASERRA ONG – BRA).

União das secretarias estaduais no Paraná (Meio Ambiente, Saúde e Agricultura) no Brasil, bem como na Argentina em prol do desenvolvimento de propostas para o controle do caramujo africano – Mauro Britto (IAP – BRA).

Atualização dos dados com base na revisão da proposta inicial de manejo do caramujo africano para o Estado do Paraná e aplicação piloto – Gisélia Rubio (SESA – BRA).

O desenvolvimento de pesquisa inter-disciplinares em busca de alternativas adequadas de manejo e utilização do caramujo como recurso biológico – Adam Coelho (NECPUCPR – BRA).

Realização do diagnóstico da população de Achatina fulica para adaptação do manejo a realidade de cada município e área invadida; e que toda a ação esteja relacionada diretamente a uma ação social, na qual o caramujo sirva de termômetro em relação à qualidade de vida e meio ambiente – Marta Fischer (NECPUCPR – BRA).

O envolvimento de uma ação social ambiental – Maria Fernanda Caneparo (NECPUCPR – BRA).

Aprimorar a legislação tornando-a mais clara e aplicável em relação – Carolina Kostrzepa (NECPUCPR – BRA).

Reforçar a necessidade do envolvimento acadêmico, de gestão pública e social em busca do manejo do caramujo invasor e melhoramento da qualidade de vida – Eduardo Colley (UFPR – BRA).

Necessidade de um aperfeiçoamento da divulgação das informações dos impactos ambientais, de saúde e econômicos causados pela espécie invasora; os casos de sucesso e fracasso em relação ao manejo do caramujo em diferentes países com realidades de invasão semelhantes e distintas; destacar a aplicação de medidas de controle por parte das autoridades evitando impactos maiores; ampliar o controle entre fronteiras e de exportação de produtos que potencialmente sirvam como vetores de disseminação do caramujo; ampliar a capacidade de avaliação relacionada a impacto de saúde tendo em vista os casos possivelmente sub-notificados – Enrique Martínez (UCV – VENEZUELA).