sábado, 17 de novembro de 2012

Bioindicadores e a nossa relação com os mesmos


Série Ensaios: Ecologia Urbana

Karin Aline Zanão e Raquel Vizzotto de Menezes

Acadêmicas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

Os bioindicadores são fatores bióticos empregados para o reconhecimento de condições sejam elas passadas, presentes ou futuras dos ecossistemas. Cada ser vivo necessita de determinadas condições do habitat para sobreviver, se alimentar e se reproduzir. A partir do momento em que determinada espécie não se reproduz mais, seja pela temperatura que estar muito alta, muito baixa ou estar acontecendo um desequilíbrio no meio ambiente. Ultimamente, os indicadores ambientais são utilizados para descobrir a situação de habitats, nível de degradação.  Na maioria dos casos este desequilíbrio ambiental é causado pelo homem, e ele mesmo é um dos seres vivos que direta ou indiretamente sofre as conseqüências que em muitas vezes são difíceis de reverter e controlar. O uso de bioindicadores é bastante útil, pois pode fornecer informações complementares e necessárias para a análise de risco ecológico quando um local está contaminado. Por exemplo, para avaliar uma área atingida por poluição de esgotos domésticos, pois ainda há lugares onde não existe tratamento adequado e causam doenças em boa parte da população. Os indicadores ambientais têm diversas funções quando utilizados:
·         Sentinelas: introduzidas para indicar níveis de degradação e prever ameaças ao ecossistema;
·         Detectoras: são espécies locais que respondem a mudanças ambientais de forma mensurável;
·         Exploradoras: reagem positivamente a perturbações;
·         Acumuladoras: permitem a verificação de bioacumulação;
·         Bio-ensaio: usados na experimentação
·         Sensíveis: modificam acentuadamente o comportamento.
Uma área relativamente nova é a  Ecotoxicologia, na qual são utilizadas espécies indicadoras são usadas como biosensores. Uma das áreas de interesse relacionadas ao tema é o de bioindicadores terrestres, em que nessa área é enfocada a qualidade do solo e os componentes edáficos do mesmo.  Entre tantos bioindicadores do solo, uma das espécies utilizadas é a minhoca, pois além da relativa facilidade de criação, as condições desses testes são internacionalmente aceitas e permite padronização de estudos e comparações internacionais e também á sua atividade na formação do solo, decomposição de resíduos de plantas, ciclagem de nutrientes da matéria orgânica, formação de húmus, fertilidade, porosidade e capacidade de infiltração, drenagem e retenção de água, e podem bioacumular poluentes em seus tecidos.  Além de ser importante para estudos científicos, a análise de ecossistemas tem influência nas áreas da saúde, em função de problemas ambientais e da economia, com perdas na agricultura. Uma das maiores causas de poluição do solo, e por conseqüência a poluição da água é o uso de agrotóxicos, de acordo com a ANVISA (2010) o Brasil está entre os maiores consumidores mundiais de agrotóxicos, e os riscos de intoxicação humana acontecem não somente através do trabalho na agricultura. Em certas áreas agrícolas, o simples fato de "respirar" pode se tornar uma fonte de exposição, lembrando que, durante a atividade de pulverização, existe a dispersão destes produtos no ambiente.

O presente ensaio foi elaborado para a disciplina se Biologia Econômica e Sanitária tendo se baseado nas seguintes obras:

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. Relatório de Atividades de 2010. Disponível em:< http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/b380fe004965d38ab6abf74ed75891ae/Relat%C3%B3rio+PARA+2010+-+Vers%C3%A3o+Final.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 16 nov. 2012


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