Série Ensaios: Ecologia
Urbana
Karin
Aline Zanão e Raquel Vizzotto de Menezes
Acadêmicas do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas
Os bioindicadores são fatores bióticos empregados para
o reconhecimento de condições sejam elas passadas, presentes ou futuras dos
ecossistemas. Cada ser vivo necessita de determinadas condições do habitat para
sobreviver, se alimentar e se reproduzir. A partir do momento em que
determinada espécie não se reproduz mais, seja pela temperatura que estar muito
alta, muito baixa ou estar acontecendo um desequilíbrio no meio ambiente.
Ultimamente, os indicadores ambientais são utilizados para descobrir a situação
de habitats, nível de degradação. Na
maioria dos casos este desequilíbrio ambiental é causado pelo homem, e ele mesmo
é um dos seres vivos que direta ou indiretamente sofre as conseqüências que em
muitas vezes são difíceis de reverter e controlar. O uso de bioindicadores é bastante útil, pois pode fornecer
informações complementares e necessárias para a análise de risco ecológico quando
um local está contaminado. Por exemplo, para avaliar uma área atingida por poluição de esgotos domésticos, pois ainda há lugares onde não
existe tratamento adequado e causam doenças em boa parte da população. Os
indicadores ambientais têm diversas funções quando utilizados:
·
Sentinelas:
introduzidas para indicar níveis de degradação e prever ameaças ao ecossistema;
·
Detectoras:
são espécies locais que respondem a mudanças ambientais de forma mensurável;
·
Exploradoras:
reagem positivamente a perturbações;
·
Acumuladoras:
permitem a verificação de bioacumulação;
·
Bio-ensaio:
usados na experimentação
·
Sensíveis:
modificam acentuadamente o comportamento.
Uma área relativamente
nova é a Ecotoxicologia, na qual são utilizadas espécies
indicadoras são usadas como biosensores. Uma das áreas de interesse
relacionadas ao tema é o de bioindicadores terrestres, em que nessa área é
enfocada a qualidade do solo e os componentes edáficos do mesmo. Entre tantos bioindicadores do solo, uma das espécies utilizadas é a minhoca, pois além da relativa facilidade de
criação, as condições desses testes são internacionalmente aceitas e permite
padronização de estudos e comparações internacionais e também á sua atividade na formação do solo, decomposição
de resíduos de plantas, ciclagem de nutrientes da matéria orgânica, formação de
húmus, fertilidade, porosidade e capacidade de infiltração, drenagem e retenção
de água, e podem bioacumular poluentes em seus tecidos. Além de ser importante para estudos
científicos, a análise de ecossistemas tem influência nas áreas da saúde, em
função de problemas ambientais e da economia, com perdas na agricultura. Uma
das maiores causas de poluição do solo, e por conseqüência a poluição da água é
o uso de agrotóxicos, de acordo com a ANVISA (2010) o Brasil está entre os
maiores consumidores mundiais de agrotóxicos, e os riscos de intoxicação humana acontecem não somente através do
trabalho na agricultura. Em certas áreas agrícolas, o simples fato de
"respirar" pode se tornar uma fonte de exposição, lembrando que,
durante a atividade de pulverização, existe a dispersão destes produtos no
ambiente.
O presente ensaio foi elaborado para a disciplina se
Biologia Econômica e Sanitária tendo se baseado nas seguintes obras:
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Programa de Análise de Resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos. Relatório de Atividades de 2010.
Disponível em:< http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/b380fe004965d38ab6abf74ed75891ae/Relat%C3%B3rio+PARA+2010+-+Vers%C3%A3o+Final.pdf?MOD=AJPERES>.
Acesso em: 16 nov. 2012
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