quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O perigo é invisível, mas não insensível


Série Ensaios: Ecologia Urbana
Por Caroline Murback Bora & Débora de Freitas Barbosa
Acadêmicas do curso de Ciências Biológicas

Pouca gente conhece, pouca gente vê, porém todos estão expostos a esse mal: A poluição luminosa. Mas, o que exatamente ela é? A poluição luminosa é definida como a alteração dos padrões iluminação no meio ambiente devido às fontes de luz criadas pelo homem. As fontes deste tipo de iluminação são várias e encontram-se praticamente em todos os lugares do mundo na forma de edifícios e torres iluminadas, luz das ruas, barcos de pesca, luzes de segurança, luz nos veículos e plataformas petrolíferas costeiras.  Com o avanço da industrialização e da globalização, a emissão de luz esta cada vez maior, principalmente em grandes centros urbanos.      Então você pensa: “Isso não afeta a minha vida.” Errado!   Os seres humanos são afetados sim, a iluminação noturna pode alterar os ritmos circadianos, causando problemas de sono, estresse e insônia
E além de problemas de saúde para os seres humanos, ela causa transtornos para outros seres vivos. Alguns processos naturais só podem acontecer durante a noite, que é o que acontece, por exemplo, com os animais noturnos. Eles precisam da escuridão para caçar suas presas. Por esta razão, a escuridão possui igual importância que à luz do dia e é indispensável para um funcionamento saudável dos organismos e de todo o ecossistema. Outro tipo de transtorno que podemos observar no nosso dia a dia é a iluminação pública. Os postes de luz não foram bem planejados, pois a maioria não direciona as luzes para o solo e sim para os lados e para cima o que diminui o real potencial de iluminação e causa a poluição luminosa, sem contar que é um desperdício de luz. A energia consumida em excesso tem custos indiretos, ela aumenta os impostos com as contas da iluminação pública, os prejuízos ambientais causados pelo desequilíbrio dos ecossistemas, prejuízos sociais já que somos incomodados pela luz mal direcionada e em excesso, que acaba por nos prejudicar nas ruas, estradas e até mesmo no interior das nossas casas.
“E o que podemos fazer para reverter esta situação?” Bem, para mudar o estado atual da iluminação é preciso que os cidadãos protestem e que os municípios escolham melhor os equipamentos de iluminação, que escolham equipamentos adequados para cada necessidade de iluminação, ou seja, que não deixem a luz escapar em direções inúteis. Incentivar a criação de uma legislação ambiental no Brasil, uma vez que a luz em excesso é um vetor nocivo a um ambiente equilibrado, incapaz de prover uma sadia qualidade de vida. Os benefícios da redução da poluição luminosa seriam vários como a diminuição no consumo energético, maior eficiência na iluminação, proteção do meio ambiente, além da melhoria da saúde dos seres humanos.
O presente ensaio foi elaborado para disciplina de biologia econômica e sanitária se baseando nas seguintes obras:

Almeida, G. (2008). Poluição luminosa: o desperdício inútil de recursos energéticos. Revista APAA, v.1, n. 34, p. 01-07. Recuperado em 23 de outubro de 2012 de http://apaa.co.pt/Rev34/Rev34.pdf
Gargaglioni, S. R. (2007). Análise legal dos impactos provocados pela poluição luminosa do ambiente.  Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Itajubá. Disponível em http://200.131.128.3/phl/pdf/0032988.pdf Acesso em: 23 de outubro de 2012.
Gargaglioni, S. (2009). Poluição luminosa e a necessidade de uma legislação. Disponível em http://www.comciencia.br/comciencia/?edicao=50
&id=632&section=8&tipo=1
Acesso em: 23 de outubro de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário