Série Ensaios: Ecologia Urbana
Por Caroline Murback Bora &
Débora de Freitas Barbosa
Acadêmicas
do curso de Ciências Biológicas
Pouca gente conhece, pouca gente vê, porém
todos estão expostos a esse mal: A poluição luminosa. Mas, o que
exatamente ela é? A poluição luminosa é definida como a alteração dos padrões
iluminação no meio ambiente devido às fontes de luz criadas pelo homem. As
fontes deste tipo de iluminação são várias e encontram-se praticamente em todos
os lugares do mundo na forma de edifícios e torres iluminadas, luz das ruas,
barcos de pesca, luzes de segurança, luz nos veículos e plataformas
petrolíferas costeiras. Com o avanço da
industrialização e da globalização, a emissão de luz esta cada vez maior,
principalmente em grandes centros urbanos. Então
você pensa: “Isso não afeta a minha vida.” Errado! Os seres humanos são
afetados sim, a iluminação noturna pode alterar os ritmos
circadianos, causando problemas de sono, estresse e
insônia.
E além de problemas de saúde para os seres humanos, ela causa transtornos para
outros seres vivos. Alguns processos naturais só podem acontecer durante a
noite, que é o que acontece, por exemplo, com os animais noturnos.
Eles precisam da escuridão para caçar suas presas. Por esta razão, a escuridão
possui igual importância que à luz do dia e é indispensável para um
funcionamento saudável dos organismos e de todo o ecossistema. Outro tipo de
transtorno que podemos observar no nosso dia a dia é a iluminação pública. Os
postes de luz não foram bem planejados, pois a maioria não direciona as luzes
para o solo e sim para os lados e para cima o que diminui o real potencial de
iluminação e causa a poluição luminosa, sem contar que é um desperdício de luz.
A energia consumida em excesso tem
custos indiretos, ela aumenta os impostos com as contas
da iluminação pública, os prejuízos ambientais causados pelo desequilíbrio
dos ecossistemas, prejuízos sociais já que somos incomodados pela luz mal
direcionada e em excesso, que acaba por nos prejudicar nas ruas, estradas e até
mesmo no interior das nossas casas.
“E o que podemos fazer para reverter esta situação?” Bem,
para mudar o estado atual da iluminação é preciso que os cidadãos protestem e
que os municípios escolham melhor os equipamentos de iluminação,
que escolham equipamentos
adequados para cada necessidade de iluminação, ou seja, que não deixem a
luz escapar em direções inúteis. Incentivar a criação de uma legislação
ambiental no Brasil, uma vez que a luz em excesso é um vetor nocivo a um
ambiente equilibrado, incapaz de prover uma sadia qualidade de vida. Os
benefícios da redução da poluição luminosa seriam vários como a diminuição no
consumo energético, maior eficiência na iluminação, proteção do meio ambiente,
além da melhoria da saúde dos seres humanos.
O presente ensaio foi elaborado para
disciplina de biologia econômica e sanitária se baseando nas seguintes obras:
Almeida, G. (2008).
Poluição luminosa: o desperdício inútil de recursos energéticos. Revista APAA, v.1, n. 34, p. 01-07.
Recuperado em 23 de outubro de 2012 de http://apaa.co.pt/Rev34/Rev34.pdf
Gargaglioni, S. R.
(2007). Análise legal dos impactos
provocados pela poluição luminosa do ambiente. Dissertação de mestrado, Universidade Federal
de Itajubá. Disponível em http://200.131.128.3/phl/pdf/0032988.pdf
Acesso em: 23 de outubro de 2012.
Gargaglioni, S.
(2009). Poluição luminosa e a necessidade de uma legislação. Disponível em http://www.comciencia.br/comciencia/?edicao=50
&id=632§ion=8&tipo=1 Acesso em: 23 de outubro de 2012.
&id=632§ion=8&tipo=1 Acesso em: 23 de outubro de 2012.
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