Série
Ensaios: Ecologia Urbana
Por: Carolina A. A. dos Santos e Nathália
Bassoli Minari
Acadêmicas
do curso de licenciatura em Ciências Biológicas
Atualmente
muitos animais estão sendo considerados “animais
problemas”- As pessoas assistem uma novela ou um filme - que possui um animalzinho em
destaque - e desejam ter igual, mas as pessoas não pensam que esse animal deve
receber cuidados, como: alimentação e higiene, e que muitas vezes não são disciplinados
aos olhos do dono. Assim, acabam dando muito trabalho e não atendendo as mesmas
expectativas apresentadas na novela ou filme. Dessa forma, as pessoas acabam
enjoando do seu animal por vários motivos, e passam a arrumar uma forma de se
livrar deles. Na maioria dos casos, pegam e levam para longe de suas casas, de
forma que o animal não possa mais encontrá-los, se tornando assim um animal abandonado na rua, conseqüentemente passando a ser um animal problema. Casos
como este em que o animal passa a não atende as expectativas do dono e é
largado ou abandonado com certo tempo acontece também com outros animais como
acontece com gatos. Diariamente são veiculadas notícias de que animais entram em
residências para “roubar” alimentos ou para buscar refugio, mas esquecemos - ou fingimos não
entender - que se esses animais estão à procura de alimento e local de moradia
é devido a algo de errado com o lugar onde eles vivam, bem como com sua moradia
e suas fontes de alimento. Estamos tomando conta de todos os lugares possíveis,
não deixando espaços para que eles vivam em seu meio natural. Como podemos
achar que eles são um incômodo, se nós estamos tirando o direito deles viverem
em seus ambientes?
A
partir da seleção de características específicas e preferidas, o homem ao longo
da sua história ao lado do cachorro já “criou” artificialmente mais de 300 espécies que antes não existia na
natureza. E agora nós nos perguntamos: “teria a humanidade ter mudado tanto
assim a ponto de criar seres ao seu desejo de companhia para depois
abandoná-los?” Entre as principais causas de abandono de
cães encontramos os seguintes casos: cria indesejada, falta de
condição financeira de manter as necessidades básicas, mudança de
imóveis, problemas comportamentais do animal, falta de sensibilidade
e educação. O tamanho da população desses “companheiros”
também varia de acordo com a região ou bairro, cultura de comunidades, tamanho
e remuneração da família, situação de propriedade (alugado ou próprio,
popularidade de raça e principalmente densidade populacional da região.
A
enorme população canina abandonada nas ruas acaba sendo o foco de transmissão
de doenças em certas regiões, principalmente nas regiões do Norte e Nordeste.
Junto com estes pobres animais abandonados pode existir um “reservatório” de
doenças que há tempos vem acometendo ao homem também. Doenças como a raiva e a leishmaniose, que podem ser transmitidas por estes
“andarilhos de quatro patas” quando contaminados. É por isso e outras que se
pode dizer que cada vez mais o homem é um ser dotado de irresponsabilidade e
isolado. Quer ter quando não tem, e quando tem não se submete a arcar com as
dificuldades. Ainda
além do problema citado de zoonoses, cães na rua acabam sendo vítimas de
atropelamento, podendo causar conseqüentes acidentes de carro. Também, em outros casos
podem vir a comprometer áreas da fauna de mata urbana quando reunidos em grupos
de cães ferais. A responsabilidade de arcar com
atitudes preventivas e corretivas é de órgão público, porém o interesse deveria
ser de todos. Frente a tais problemas, faltam iniciativas da população como
cidadãos de exigir medidas para combater tais problemas. Nós como cidadãos não
podemos resolver o problema todo sem apoio público, porém podemos contribuir
para a melhor situação deste caso tomando algumas atitudes: para aqueles que
têm animais fujões que castre seu animal para que não procrie
indesejadamente e o microchipe para que uma vez que se perca haja a
chance de encontrá-lo; para aqueles que estão pensando em adquirir um novo
“amigo” que procure feiras de adoção de animais recolhidos pela prefeitura ou
afim, ao invés de pagar pelo animal.
Este ensaio
foi elaborado para a disciplina Biologia Econômica e Sanitária II se baseando
nas seguintes obras:
http://gato-negro.org/wp-content/uploads/2011/11/XXI-feira_de_animais.jpg
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