Série
Ensaios: Ecologia Urbana
Por EDUARDO TORTELLI PESSOA, MATHEUS GABRIEL
OLIVEIRA PRADO e WLADIMIR JATVA
Acadêmicos
do curso de Ciências Biológicas
O homem
produz lixo.
Porém a partir da Revolução Industrial, os impactos ambientais
passaram a representar sérios problemas para o planeta e para a humanidade, a
grande concentração populacional nas grandes cidades e o grande aumento do
consumo de bens gera uma enorme quantidade de resíduos de todo tipo. Dependendo da sua origem, existem quatro tipos
de lixo: residencial,
comercial,
público
e de fontes especiais. Fontes especiais incluem lixo
hospitalar, industrial
e o radioativo,
são especiais, pois necessitam de cuidados desde sua origem e acondicionamento
até sua disposição final, esses resíduos são diferenciados quanto aos riscos
potenciais poluidores do meio ambiente e prejudicais a saúde pública são
agrupados em classes com termos técnicos. Anvisa estabelece
regras para descarte de lixo hospitalar específicos para esse grupo de
resíduos. Lixo hospitalar é todo resíduo
gerado em ações hospitalares, como exemplo os procedimento cirúrgico, que
envolve a utilização de seringas, agulhas, luvas, sondas, cateteres e algumas
outras ferramentas descartáveis. Esse
lixo é considerado muito perigoso para saúde humana, pois podem estar
infectados com microrganismo e transmitirem doenças como o HIV e hepatite. Uma das formas de
tratar o lixo hospitalar é a incineração
desde que se possua tecnologia adequada para tratar os resíduos, mas os custos
são elevados, em decorrência disso, no Brasil há pouquíssimos incineradores
para tal objetivo, os RSS são despejados indiscriminadamente na maioria das
vezes sem nenhum tratamento em lugares públicos. Aterros
sanitários especiais são outra solução, onde o lixo é acondicionado em
valas próprias revestidas com lonas, onde após a capacidade esgotada é jogado
cal e terra, fazendo camadas. Atualmente o órgão fiscalizador é o IAP (Instituto Ambiental do Paraná).
Uma
novidade em matéria de tratamento do lixo hospitalar é um equipamento que
transforma os resíduos hospitalar em resíduo comum, o Newster
10, o lançamento sera primeiramente em
Curitiba, pois já apresenta todas as licenças necessárias para entrar em
funcionamento em hospitais e clínicas do Paraná, que esta sendo pioneira na
implementação desta nova tecnologia que promete não trazer danos para o meio
ambiente. Hoje o lixo é um problema
mundial. Se conseguíssemos diminuir o lixo residencial, comercial e público,
que está mais próximo de nossa realidade, seria mais fácil focar no tratamento
dos resíduos de fontes especiais. Mas a
população não consegue enxergar, que o sistema capitalista coloca a ideia de
consumo na cabeça das pessoas, toda semana a uma novidade, e é necessário
substituir aquilo que já é velho ou ultrapassado, isso gera resíduo que cada
dia cresce mais e mais de uma maneira incontrolável, a partir dai começamos a
ver noticias
dos países de primeiro mundo mandando seus lixos para países menos desenvolvido
em contêiner, ou as ilhas
de plásticos no meio do oceano atlântico. E como parar esse ciclo vicioso de consumo
desenfreado? Cada um pega seu lixo, alguns reciclam outros não, mas a realidade
é que não há uma preocupação real pela população em diminuir a quantidade de
resíduos originados pelo seu próprio consumo, e muito fácil separar o lixo é
ficar com a consciência limpa sem querer se informar que tipo de impacto ao
meio ambiente aquele produto trás desde sua produção até sua forma final onde é
descartado como lixo. Ta na hora de pararmos para pensar se nossa comodidade
realmente vale a pena!
Este
ensaio foi elaborado para disciplina de Biologia Econômica e Sanitária,
basendos nas seguintes obras:
ANDRADE, L. et al . Alternativas para o gerenciamento do lixo
hospitalar no Brasil.
BOTUCATO. Prefeitura
Municipal. Secretaria de Saúde e Meio Ambiente. Divisão de Meio Ambiente.
Divisão de Serviço de Enfermagem. Gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde. Coleta diferencias de resíduos hospitalares. Botucatu,
1995. 14 p.
FERREIRA, J.A. – Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: Uma
Discussão Ética. Cad. Saúde Públi., Rio de Janeiro, 1995.
MOTA, Suetônio.
Seneamento. In: ROUQUAYROl, Maria Zélia. Epidemiologia
e Saúde. 4. Ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1994. 526 p. p. 343-364.
SILVA, R. F. S. da Silva;
Soares, M.L. – Gestão dos Resíduos
Sólidos de Serviços de Saude com responsabilidade Social. Relato de ex.
Gestão Socioambiental.
SOUSA, E, de Luiz. Contaminação
ambiental pelos resíduos de serviços de saúde. Faculdades
Integradas Fafibe – Bebedouro (SP)
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