segunda-feira, 26 de novembro de 2012

INVASÃO FITOALIENIGENA


Série ferramentas de comunicação: Ecologia urbana

Por  Diego Luis Florencio e Larissa Kienen Languer Rolim

Acadêmicos de curso de ciências biológicas




Denomina-se espécie invasora, o organismo original de determinada região, que se adapta e prolifera ao novo ambiente, competindo assim com outras espécies nativas. Existem exemplares de espécies invasoras presentes em todos os grandes grupos taxonômicos, incluindo os vírus, fungos, algas, briófitas, pteridófitas, gimnospermas, angiospermas, invertebrados, peixes, anfíbios, répteis pássaros e mamíferos. Atualmente as plantas invasoras são a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, perdendo somente para destruição de habitats pela exploração humana direta. Ao longo da evolução do homem, para suprir necessidades agrícolas, florestais e até mesmo para fins ornamentais, foram trazidas plantas oriundas de outras regiões, que se tornaram invasoras. O grande problema causado por essas plantas é que uma vez instaladas, alem de competirem com as espécies nativas, elas reproduzem-se mais depressa que as demais, com isso, aumentam a população e dominam o território.
A invasão de uma planta, podem significar, não apenas prejuízo a flora nativa, mas inclusive pode causar dano a fauna, que estava adaptada as espécies nativas. Esse equilíbrio natural, que a vegetação nativa proporciona, jamais, poderá ser comparada a cultura homogênea de espécies exóticas. As campeãs de invasões, são as plantas coníferas do gênero Pinus, que tem sido introduzidas desde o século XIX em países do hemisfério sul, principalmente para fins florestais. Atualmente várias espécies do gênero são invasoras na maioria dos países onde foram introduzidos, incluindo os países sul-americanos. No Brasil, os campos sulinos, as áreas de restingas, as savanas e muitas áreas desflorestadas estão fortemente ameaçadas pela invasão do gênero, especialmente pelas espécies P. elliottii e P. taeda (GISP, 2005). O gênero Pinus é considerado muito agressivo, está presente em praticamente todas as unidades de conservação (UC) no sul do país, e o maior risco é o seu plantio sem o manejo adequado.Em 1997, para tratar de problemas relacionados a contaminação biológica, a Organização das Nações Unidas (ONU), além de outras organizações internacionais, criaram o Programa Global de Espécies Invasoras (GISP). Um plano de ação e diretrizes está sendo montado com a colaboração dos países formadores da Organização das Nações Unidas, inclusive o Brasil, essa área de estudo vem sendo pesquisada a pouco tempo. Dentre as estratégias propostas por esse programa estão a definição de estratégias nacionais e regionais, a capacitação para efetivo controle e erradicação de espécies invasoras, o desenvolvimento de pesquisas em campo, a construção de sistemas de informação acessíveis de forma generalizada e a cooperação com países que trabalhem a questão. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) o problema das espécies exóticas, é um problema de âmbito mundial que não pode ser tratado isoladamente, sem uma estratégia comum. Como forma de minimizar o problema causado pelas espécies exóticas, deve- se informar ao publico em geral, sobre as ameaças de novas introduções, além de incentivar a utilização de espécies nativas. Também faz-se necessária maior eficiência para erradicar as invasoras o mais breve possível, visto que após seu estabelecimento os custos e dificuldade serão maiores. Se limitarmos a dispersão protegeremos os ecossistemas com medidas mais efetivas.


O presente ensaio foi elaborado para disciplina de biologia econômica e sanitária e baseado nas seguintes obras:
http://www.ecodebate.com.br/2011/02/25/especies-invasoras-como-javali-e-pinusafetam-
ecossistemas-do-pais-e-causam-perda-anual-de-r-100-bilhoes/



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