Série ferramentas
de comunicação: Ecologia urbana
Por Diego Luis Florencio e Larissa Kienen Languer
Rolim
Acadêmicos de
curso de ciências biológicas
Denomina-se espécie
invasora, o organismo
original de determinada região, que se adapta e prolifera ao novo ambiente,
competindo assim com outras espécies nativas. Existem exemplares de espécies
invasoras presentes em todos os grandes grupos taxonômicos, incluindo os
vírus, fungos, algas, briófitas, pteridófitas, gimnospermas, angiospermas,
invertebrados, peixes, anfíbios, répteis pássaros e mamíferos. Atualmente as plantas invasoras são a segunda
maior ameaça mundial à biodiversidade, perdendo somente para destruição de habitats
pela exploração humana direta. Ao longo da evolução do homem, para suprir
necessidades agrícolas, florestais e até mesmo para fins
ornamentais, foram trazidas plantas oriundas de outras
regiões, que se tornaram invasoras. O grande problema causado por essas plantas
é que uma vez instaladas, alem de competirem com as espécies nativas, elas
reproduzem-se mais depressa que as demais, com isso, aumentam a população e
dominam o território.
A invasão de uma planta, podem
significar, não apenas prejuízo a flora nativa, mas inclusive pode causar dano
a fauna, que estava adaptada as espécies nativas. Esse equilíbrio natural, que
a vegetação nativa proporciona, jamais, poderá ser comparada a cultura homogênea
de espécies exóticas. As campeãs de invasões, são as plantas coníferas do
gênero Pinus, que tem sido
introduzidas desde o século XIX em países do hemisfério sul, principalmente para
fins florestais. Atualmente várias espécies do gênero são invasoras na maioria
dos países onde foram introduzidos, incluindo os países sul-americanos. No
Brasil, os campos sulinos, as áreas de restingas, as savanas e muitas áreas
desflorestadas estão fortemente ameaçadas pela invasão do gênero, especialmente
pelas espécies P.
elliottii e P. taeda (GISP, 2005). O gênero Pinus é
considerado muito agressivo, está presente em praticamente todas as unidades
de conservação (UC) no sul do país, e o maior risco é o seu plantio
sem o manejo adequado.Em 1997, para tratar de problemas
relacionados a contaminação biológica, a Organização
das Nações Unidas (ONU), além de outras
organizações internacionais, criaram o Programa
Global de Espécies Invasoras (GISP). Um plano de ação e
diretrizes está sendo montado com a colaboração dos países formadores da
Organização das Nações Unidas, inclusive o Brasil, essa área de estudo vem
sendo pesquisada a pouco tempo. Dentre as estratégias propostas por esse
programa estão a definição de estratégias nacionais e regionais, a capacitação
para efetivo controle e erradicação de espécies invasoras, o desenvolvimento de
pesquisas em campo, a construção de sistemas de informação acessíveis de forma
generalizada e a cooperação com países que trabalhem a questão. Segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU) o problema das espécies exóticas, é um
problema de âmbito mundial que não pode ser tratado isoladamente, sem uma
estratégia comum. Como forma de minimizar o problema causado pelas espécies
exóticas, deve- se informar ao publico em geral, sobre as ameaças de novas
introduções, além de incentivar a utilização de espécies nativas. Também faz-se
necessária maior eficiência para erradicar as invasoras o mais breve possível,
visto que após seu estabelecimento os custos e dificuldade serão maiores. Se
limitarmos a dispersão protegeremos os ecossistemas com medidas mais efetivas.
O presente ensaio foi elaborado para disciplina
de biologia econômica e sanitária e baseado nas seguintes obras:
http://www.ecodebate.com.br/2011/02/25/especies-invasoras-como-javali-e-pinusafetam-
ecossistemas-do-pais-e-causam-perda-anual-de-r-100-bilhoes/
http://uc.socioambiental.org/%C3%A1reas-para-conserva%C3%A7%C3%A3o/unidades-de-conserva%C3%A7%C3%A3o