sábado, 17 de novembro de 2012

Bioindicadores e a nossa relação com os mesmos


Série Ensaios: Ecologia Urbana

Karin Aline Zanão e Raquel Vizzotto de Menezes

Acadêmicas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

Os bioindicadores são fatores bióticos empregados para o reconhecimento de condições sejam elas passadas, presentes ou futuras dos ecossistemas. Cada ser vivo necessita de determinadas condições do habitat para sobreviver, se alimentar e se reproduzir. A partir do momento em que determinada espécie não se reproduz mais, seja pela temperatura que estar muito alta, muito baixa ou estar acontecendo um desequilíbrio no meio ambiente. Ultimamente, os indicadores ambientais são utilizados para descobrir a situação de habitats, nível de degradação.  Na maioria dos casos este desequilíbrio ambiental é causado pelo homem, e ele mesmo é um dos seres vivos que direta ou indiretamente sofre as conseqüências que em muitas vezes são difíceis de reverter e controlar. O uso de bioindicadores é bastante útil, pois pode fornecer informações complementares e necessárias para a análise de risco ecológico quando um local está contaminado. Por exemplo, para avaliar uma área atingida por poluição de esgotos domésticos, pois ainda há lugares onde não existe tratamento adequado e causam doenças em boa parte da população. Os indicadores ambientais têm diversas funções quando utilizados:
·         Sentinelas: introduzidas para indicar níveis de degradação e prever ameaças ao ecossistema;
·         Detectoras: são espécies locais que respondem a mudanças ambientais de forma mensurável;
·         Exploradoras: reagem positivamente a perturbações;
·         Acumuladoras: permitem a verificação de bioacumulação;
·         Bio-ensaio: usados na experimentação
·         Sensíveis: modificam acentuadamente o comportamento.
Uma área relativamente nova é a  Ecotoxicologia, na qual são utilizadas espécies indicadoras são usadas como biosensores. Uma das áreas de interesse relacionadas ao tema é o de bioindicadores terrestres, em que nessa área é enfocada a qualidade do solo e os componentes edáficos do mesmo.  Entre tantos bioindicadores do solo, uma das espécies utilizadas é a minhoca, pois além da relativa facilidade de criação, as condições desses testes são internacionalmente aceitas e permite padronização de estudos e comparações internacionais e também á sua atividade na formação do solo, decomposição de resíduos de plantas, ciclagem de nutrientes da matéria orgânica, formação de húmus, fertilidade, porosidade e capacidade de infiltração, drenagem e retenção de água, e podem bioacumular poluentes em seus tecidos.  Além de ser importante para estudos científicos, a análise de ecossistemas tem influência nas áreas da saúde, em função de problemas ambientais e da economia, com perdas na agricultura. Uma das maiores causas de poluição do solo, e por conseqüência a poluição da água é o uso de agrotóxicos, de acordo com a ANVISA (2010) o Brasil está entre os maiores consumidores mundiais de agrotóxicos, e os riscos de intoxicação humana acontecem não somente através do trabalho na agricultura. Em certas áreas agrícolas, o simples fato de "respirar" pode se tornar uma fonte de exposição, lembrando que, durante a atividade de pulverização, existe a dispersão destes produtos no ambiente.

O presente ensaio foi elaborado para a disciplina se Biologia Econômica e Sanitária tendo se baseado nas seguintes obras:

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. Relatório de Atividades de 2010. Disponível em:< http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/b380fe004965d38ab6abf74ed75891ae/Relat%C3%B3rio+PARA+2010+-+Vers%C3%A3o+Final.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 16 nov. 2012


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cuidado: Aranhas a Solta


Série Ensaios: Ecologia Urbana

Por: Bruna Michelle Teti Farias Maoski & Stephanie Gracia Bastos Schwenning.
Graduandas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Pontifícia

O ser humano convive com muitos organismos que não são da própria espécie, que são denominados de animais sinantrópicos aqueles que convivem conosco sem que nós tenhamos feito tal escolha. Entre os animais sinantrópicos, há os que podem causar agravos a nossa saúde e que devemos evitá-los ao máximo, estes animais são classificados como animais de interesse médico são considerados animais venenosos e peçonhentos dentre os quais podemos citar: Aracnídeos: aranhas e escorpiões; Himenópteros: abelhas, vespas e formigas; Lepidópteros: larvas urticantes de borboletas e mariposas; Coleópteros: potó, trepa-moleque, fogo-selvagem; papa-pimenta; Peixes marinhos e fluviais (arraias, baiacus); Anfíbios (sapos, pererecas e rãs); Répteis: jararaca, cascavel, surucucu e coral verdadeira; Celenterados (medusas). Os animais venenosos produzem a toxina, mas não possuem dispositivos inoculadores. O veneno pode ser subproduto do metabolismo ou ser composto por substâncias tóxicas extraídas de plantas e acumuladas. Nesse caso, as toxinas não são protéicas e se ingeridas, causam o quadro de intoxicação durante a alimentação ou quando entra em contato direto com o animal, acidentalmente. Estima-se que ocorrem, anualmente, no Brasil cerca de 20.000 acidentes com serpentes, 5.000 com aranhas e 8.000 com escorpiões, podendo estar relacionados à ocorrência de óbitos ou produção de sequelas.
As “aranhas marrons” (Loxosceles sp) são muito comuns em Curitiba, Região Metropolitana, região de Irati, Ponta Grossa, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco e Jacarezinho, ocorrendo em menor frequência em todo o Estado. É importante lembrar que este gênero de aranha ocorre em vários países do mundo. São animais pequenos, medem em torno de 4 cm de diâmetro quando adultos. Sua coloração é marrom e possuem pernas longas e finas. Não são agressivas - com relação às outras aranhas -  ocorrem em lugares escuros, quentes e secos. No ambiente externo, vivem debaixo de cascas de árvores, em folhas secas, em buracos, em telhas e tijolos empilhados, muros velhos, paredes de galinheiro e outros. Dentro das casas, ficam atrás de quadros, armários, entre livros, caixas de papelão e outros materiais que não são muito remexidos. Importante lembrar que materiais de construção (como tijolos, telhas, lajotas, azulejos e madeiras) guardados também servem de abrigo para as aranhas. O veneno da aranha marrom causa alterações na pele e alterações sistêmicas, que podem levar até a morte e recebe o nome de “Loxoscelismo".
Em virtude do desmatamento e redução dos predadores da aranha marrom (lagartixa, galinha e sapo) os hábitos sinantrópicos foram maximizados, e com isso passaram a aumentar a ocorrência de acidentes. Curitiba, capital do Paraná, é a cidade no Brasil onde há maior número destes acidentes. Em 1986, foram notificados 92 casos, e o aumento foi progressivo, até que no ano 2000 foram notificados 2102 casos, com algumas mortes também registradas. O trabalho sobre animais de interesse médico é muito importante para alertar a população sobre os riscos de acidentes com aranhas marrons, uma vez que elas não atacam de espontaneamente as pessoas elas apenas se defendem quando pressionadas contra uma roupa ou ao calçar um sapato e vale ressaltar que trabalhos assim não são realizados para amedrontar a população com relação às aranhas serve para que as pessoas tenham mais atenção e cuidado com esses animais, pois cada vez mais temos que expor que o que ocorre é um acidente e não um ataque. Para que as pessoas não matem qualquer tipo de aranha desencadeando assim um desequilíbrio ambiental sem necessidade real. Muitas outras aranhas são mortas seja por conta do medo excessivo da população ou por falta de informação sobre os cuidados com esses animais e os cuidados para mantê-los longe de nossas residências.


O presente ensaio foi realizado para a disciplina de Biologia Econômica e Sanitária II, sendo baseado nas seguintes obras:

domingo, 11 de novembro de 2012

Pragas urbanas: animais a solta!


Série Ensaios: Ecologia Urbana


Por Ana Laura Diniz Furlan e Aricsson Claydsson Quiles dos Santos

Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas


Desde os tempos remotos os seres humanos são acompanhados de perto pelas pragas urbanas, e isso implica sérios danos, tais como diferentes tipos de patologias. Estes podem ser espécies de ratos, moscas, baratas, primatas, aracnídeos entre outros, que vivem em contato com o homem. O crescimento demográfico e as atividades humanas como: desmatamento, agricultura, e a urbanização, levam a uma usurpação crescente do habitar dos animais selvagens. Um fator que favorece o sucesso desses animais é a inexistência de predadores naturais na região, como felinos, gaviões, jiboias entre outros; conseguindo assim, se adaptar em áreas desmatadas e urbanizadas. Temos como uma das espécies que está com um dos maiores índice de ocorrências, o Saguis. Primatas carismáticos, atraentes e possuem grande apelo ao público, especialmente por suas características sociais e sua marcante semelhança humana. Nativos do Nordeste, introduzidos pelo homem no Sudeste e Sul do Brasil. Vivem em média 10 anos na natureza, alcançando maturidade sexual aos 3 anos, alimentando-se na natureza de insetos, pequenos mamíferos, aves, lesmas, ovos, dentre outros.  As ditas pragas urbanas, na sua maioria, espécies introduzidas pelo homem, para serem utilizadas das mais diversas formas. Atualmente muito se fala, sobre como prevenir esse mal tão bem adaptado nas cidades, ou meios urbanos. Porém a conscientização que deveria estar aliado com procedimentos mais radicais em muitos casos ainda não existe. Sabemos que se alimentarmos animais em praças, ou até mesmo com as migalhas, a probabilidade desse animal voltar para buscar mais comida, ou abrigo é imensa. Ainda sim continuamos a alimentá-los.

DENTRE AS AÇÕES NECESSÁRIAS PARA A PREVENÇÃO DO DESLOCAMENTO DE PRAGAS PARA AS ÁREAS URBANAS, PODEMOS CITAR:

 ü  Não amontoar lixo ou materiais em desuso;

ü  Manter alimentos em locais fechados;

ü  Vistoriar depósitos/locais onde alimentos são armazenados periodicamente, mantendo o local sempre limpo;

ü  Ao detectar a presença de qualquer espécie é importante acionar uma equipe especializada em controlar pragas e vetores para que o local seja inspecionado.

 No Brasil, as informações relacionadas ao tema “Pragas Urbanas” são, ainda, insuficientes. Para mudar essa situação, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) (responsável pelo controle), vem desenvolvendo um amplo e exaustivo trabalho relacionado às espécies exóticas invasoras, tendo como principal objetivo, o desenvolvimento de estratégias para o controle das espécies exóticas invasoras. Em 2010, foram registradas 330 espécies invasoras no Brasil, (terrestres e aquáticas), das quais 180 animais - com predomínio de peixes (60) e mamíferos (18) - e 146 vegetais. Nós formandos da Biologia acreditamos que, pragas urbanas migram para as zonas urbanas buscando alimentação e abrigo, o que é proporcionado pelo próprio ser humano, quando esses mantêm ambientes sujos e lixos depositados de maneira inadequada, o que poderia ser evitado com medidas conscientes, ocasionando assim, a baixa ocorrência de animais “soltos” na urbanização. Para que haja um controle eficaz de pragas urbanas, é imprieencídivel a contratação de uma empresa especializada, que usem produtos registrados no Ministério da Saúde para o controle de pragas urbanas, assegurando assim a saúde de sua família.

 O presente ensaio foi elaborado para a disciplina de Biologia Econômica e Sanitária tendo se baseado nas seguintes obras:

Imagem – PRAGAS URBANAS (SANADOX). Disponível em http://www.sanadox.com.br/pragas-urbanas.htm

Imagem Sagui – Praga Urbana (UENF). Disponível em:http://uenfciencia.blogspot.com.br/2011/08/saguis-ameacam-especies-nativas.html





Seria o homem o melhor amigo do cão?


Série Ensaios: Ecologia Urbana

Por: Carolina A. A. dos Santos e Nathália Bassoli Minari

Acadêmicas do curso de licenciatura em Ciências Biológicas

Atualmente muitos animais estão sendo considerados “animais problemas”- As pessoas assistem uma novela ou um filme - que possui um animalzinho em destaque - e desejam ter igual, mas as pessoas não pensam que esse animal deve receber cuidados, como: alimentação e higiene, e que muitas vezes não são disciplinados aos olhos do dono. Assim, acabam dando muito trabalho e não atendendo as mesmas expectativas apresentadas na novela ou filme. Dessa forma, as pessoas acabam enjoando do seu animal por vários motivos, e passam a arrumar uma forma de se livrar deles. Na maioria dos casos, pegam e levam para longe de suas casas, de forma que o animal não possa mais encontrá-los, se tornando assim um animal abandonado na rua, conseqüentemente passando a ser um animal problema. Casos como este em que o animal passa a não atende as expectativas do dono e é largado ou abandonado com certo tempo acontece também com outros animais como acontece com gatos. Diariamente são veiculadas notícias de que animais entram em residências para “roubar” alimentos ou para buscar refugio, mas esquecemos - ou fingimos não entender - que se esses animais estão à procura de alimento e local de moradia é devido a algo de errado com o lugar onde eles vivam, bem como com sua moradia e suas fontes de alimento. Estamos tomando conta de todos os lugares possíveis, não deixando espaços para que eles vivam em seu meio natural. Como podemos achar que eles são um incômodo, se nós estamos tirando o direito deles viverem em seus ambientes?

A partir da seleção de características específicas e preferidas, o homem ao longo da sua história ao lado do cachorro já “criou” artificialmente mais de 300 espécies que antes não existia na natureza. E agora nós nos perguntamos: “teria a humanidade ter mudado tanto assim a ponto de criar seres ao seu desejo de companhia para depois abandoná-los?” Entre as principais causas de abandono de cães encontramos os seguintes casos: cria indesejada, falta de condição financeira de manter as necessidades básicas, mudança de imóveis, problemas comportamentais do animal, falta de sensibilidade e educação. O tamanho da população desses “companheiros” também varia de acordo com a região ou bairro, cultura de comunidades, tamanho e remuneração da família, situação de propriedade (alugado ou próprio, popularidade de raça e principalmente densidade populacional da região.

A enorme população canina abandonada nas ruas acaba sendo o foco de transmissão de doenças em certas regiões, principalmente nas regiões do Norte e Nordeste. Junto com estes pobres animais abandonados pode existir um “reservatório” de doenças que há tempos vem acometendo ao homem também. Doenças como a raiva e a leishmaniose, que podem ser transmitidas por estes “andarilhos de quatro patas” quando contaminados. É por isso e outras que se pode dizer que cada vez mais o homem é um ser dotado de irresponsabilidade e isolado. Quer ter quando não tem, e quando tem não se submete a arcar com as dificuldades. Ainda além do problema citado de zoonoses, cães na rua acabam sendo vítimas de atropelamento, podendo causar conseqüentes acidentes de carro. Também, em outros casos podem vir a comprometer áreas da fauna de mata urbana quando reunidos em grupos de cães ferais. A responsabilidade de arcar com atitudes preventivas e corretivas é de órgão público, porém o interesse deveria ser de todos. Frente a tais problemas, faltam iniciativas da população como cidadãos de exigir medidas para combater tais problemas. Nós como cidadãos não podemos resolver o problema todo sem apoio público, porém podemos contribuir para a melhor situação deste caso tomando algumas atitudes: para aqueles que têm animais fujões que  castre seu animal para que não procrie indesejadamente e o microchipe para que uma vez que se perca haja a chance de encontrá-lo; para aqueles que estão pensando em adquirir um novo “amigo” que procure feiras de adoção de animais recolhidos pela prefeitura ou afim, ao invés de pagar pelo animal.


Este ensaio foi elaborado para a disciplina Biologia Econômica e Sanitária II se baseando nas seguintes obras:

Fischer, M. L (2012). O direito de ir e vir não é para todas as espécies. Recuperado em 16 de outubro de 2012 de http://www.etologia-no-dia-a-dia.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html

Garcia, R.C.M (2010). Desafios do controle animal. Recuperado em 16 de setembro de 2012 de http://www.zoonoses.agrarias.ufpr.br/palestra_CRMV_rita.pdf

Santos, P. C. D. (2010). Seleção artificial X Bulldog Inglês. Recuperado em 16 de setembro de 2012 de http://bullblogingles.com/2011/04/17/selecao-artificial-x-bulldog-ingles

Souza, G. V. Animais de rua são problemas?. Recuperado em 15 de setembro de 2012 de http://www.unibave.net/?op=conteudo_art&a=5612

http://gato-negro.org/wp-content/uploads/2011/11/XXI-feira_de_animais.jpg

domingo, 4 de novembro de 2012

Preserve a Água por uma questão de vida ou de morte!


Série ensaios: Ecologia Urbana

Por Cleide Estevão dos Santos & Ezequiel Ribeiro Linz

Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas

     A água, elemento básico para garantir a sobrevivência de todos os seres vivos do Planeta Terra tem ao longo dos anos suas propriedades físico-químicas ameaçadas, e um dos, se não o principal fator relacionado a este problema é a poluição. Embora o ser humano seja inteligente o suficiente para saber que a junção da água limpa com efluentes de várias origens possa gerar problemas de diversos aspectos, parece não se importar muito quando o assunto é cuidar do ambiente, pois o homem evoluído por assim dizer, está diretamente relacionado à maioria dos processos que resultam na poluição da água e do meio ambiente em geral. Seguindo esta perspectiva, é possível perceber que a poluição da água se caracteriza como um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, contudo o termo público só ocorre na maioria das vezes na prática, pois existe ainda uma grande necessidade de participação da opinião pública em questões como esta. Com certeza é preciso que as pessoas exerçam sua cidadania, principalmente neste caso em que cuidar do meio ambiente é um fato determinante para sua própria sobrevivência, já que de todos os seres vivos existentes na Terra, nós seres humanos somos os que mais utilizamos água, os únicos que desperdiçamos e os únicos que poluímos conscientemente. É lógico que em alguns casos isso é impossível, mas existem muitas formas de minimizar a situação.
     Como se sabe medidas para melhorar a qualidade da água são práticas adotadas pelas civilizações desde a antiguidade. Ao perceber que as impurezas encontradas na água traziam sérios danos à saúde, o homem procurou maneiras de tratar para garantir a qualidade da mesma na sua utilização. Hoje em dia as populações podem contar com o trabalho de Estações de Tratamento que garantem o Saneamento, ou seja, que trabalham com a finalidade de preservar o meio ambiente e prevenir doenças, obtendo dessa forma melhores condições de saúde pública. Entretanto, a poluição que afeta grande parcela da água e outros recursos naturais em nosso planeta não parece ser um assunto de interesse geral, as pessoas parecem estar tão ocupadas com atividades resultantes dos grandes avanços tecnológicos e industriais que a nossa sociedade sofreu e nem percebem a gravidade da situação. Mas não podemos culpar a população, afinal de contas, se uma empresa que teoricamente é responsável pelo Saneamento de determinada população é acusada de poluir um dos principais rios de seu estado, o que mais se pode esperar?
     Embora muitos profissionais trabalhem buscando melhorias para o meio ambiente e para o bem estar da sociedade, existe uma grande carência de informações por parte das populações. Fatores como a desigualdade social e a má distribuição de renda talvez expliquem um pouco porque isso acontece. A má administração por parte dos nossos gestores determina a grave atual situação. É necessário que a população na íntegra tenha acesso a informações que esclareçam o que são estações de tratamento; pra que elas servem; como podemos tratar a água em casa; como podemos economizar a água; como funcionam e para onde devem ser destinados os esgotos; como devemos descartar nossos resíduos; qual a importância dos serviços sanitários entre outras. Este processo de sensibilização pode ser feito através das escolas, em propagandas políticas (que pouco desempenham finalidade produtiva as pessoas), em programas desenvolvidos pelas empresas de Estações de Tratamento e de várias outras formas. Porém devemos lembrar-nos de uma parcela considerável da população que pouco se importa com qualquer dessas informações citadas, não por descaso, nem por consumismo, mas por uma questão de prioridades. Será que um indivíduo que não possui água nem para beber, sem acesso a qualquer serviço público, vendo seus entes morrerem de sede ou por doenças causadas pela ausência de saneamento básico tem estrutura para pensar em problemas de conscientização pelo meio ambiente? Sabemos que a água é um dos bens naturais mais preciosos, que o processo de poluição por parte do homem é cada vez mais crescente, mas que a luta pela sua preservação e diminuição da poluição é um desafio muito grande e difícil. Pois envolve muito mais que o desenvolvimento de projetos de sensibilização, embora esse não deixe de ser um caminho. Não será possível se a população não for tratada como um todo e menos ignorada por quem realmente pode ajudar. Para cuidarmos da natureza, temos que cuidar uns dos outros. Mas enquanto isso não acontece nascentes de rios estão sendo poluídas, espécies animais e vegetais estão desaparecendo, pessoas estão morrendo, o clima está um caos e muitos outros problemas estão sendo desencadeados.
     Nós, formandos em Biologia acreditamos que o homem tem o potencial de destruir, de afetar, de interferir, enfim de transformar o seu meio por diversas formas, a grande questão é, qual é a forma correta? Porque se quisermos continuar no Planeta Terra por mais um tempinho, vamos fazer nossa parte e nos envolver mais nos problemas relacionados aos recursos naturais, começando pela água que é um bem de todos e por isso todos nós temos a responsabilidade de preservá-la, visando uma melhor qualidade de vida a todos os seres que compartilham este recurso.

    
Este ensaio foi elaborado para a disciplina de Biologia tendo se baseado nas obras:

     Júlio C. Rocha, André H. Rosa e Arnaldo A. Cardoso. Introdução à Química Ambiental p 29-33, Editora Bookman, 2004. 
     Weber, R,R.(2012).A perigosa poluição das águas. Site Scientific American Brazil. Disponível em:http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_perigosa_poluicao_das_aguas  
Acesso em 23 de outubro de 2012.
     Lobo, F. (2011). Rios brasileiros: Poluição e descaso. Grupo Boticário- Eco Reportagens. Disponível em: http://www.oeco.com.br/reportagens/24714-rios-da-mata-atlantica-poluicao-e-descaso Acesso em 20 de outubro de 2012.
     Silva, M. (2010). Recursos hídricos: o que falta fazer. Blog da Marina Silva. Disponível em http://www.minhamarina.org.br/blog/tag/poluicao/ Acesso em 20 de outubro de 2012.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Uso De Agrotóxicos: Colhemos O Que Plantamos


Série Ensaios: Ecologia Urbana

Por Kauany Lima Espechiki e Nathaly Karoline de Almeida
Acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas


Atualmente, a preocupação com a segurança dos alimentos que consumimos tem sido cada vez maior. Em qualquer unidade de produção, seja uma lavoura, pomar ou horta, o desenvolvimento adequado das culturas depende do manejo cuidadoso do solo e das plantas, de uma adubação equilibrada e dos cuidados com o controle de pragas (insetos, agente de doenças e plantas espontâneas). Um dos principais danos causado em plantações decorre do ataque de pragas agrícolas, ou seja, organismos que competem direta ou indiretamente com o homem por alimento, matéria prima ou prejudicam a saúde e o bem-estar do homem e animais.
Na agricultura, o conceito inseto-praga está diretamente relacionado com as implicações econômicas produzidas pela sua alimentação nas plantas. Um único inseto nunca produzirá um dano que compense a sua eliminação da cultura. Somente quando a densidade populacional atinge determinada população, é que eles irão consumir uma quantidade de alimento que produzirá um prejuízo para a planta explorada pelo homem. Para tanto, o homem realiza o manejo integrado de pragas através de diversos métodos: práticas culturais, controle natural, biológico, físico e por agrotóxicos, visto que isto evita o desperdício de insumos, buscando a produção econômica de alimentos saudáveis e, dentre todos estes meios de manejo, o mais utilizado por agricultores são os agrotóxicos. Embora seja um instrumento muito útil no controle de doenças, pragas e plantas daninhas, o uso de defensivo agrícola ou agrotóxico exige que o proprietário e os aplicadores tenham um conhecimento básico sobre o modo de ação, doses recomendadas, hora e época da aplicação, formulação do produto, classe toxicológica e cuidados durante e após a aplicação, portanto sua utilização exige uma série de cuidados. Fique de olho, pois os agrotóxicos são substâncias químicas que merecem muita atenção por parte dos produtores rurais. Agrotóxico é um produto perigoso! Quando é utilizado e, principalmente, no manuseio diário, pode causar doenças. Fique alerta, pois “prevenir é sempre melhor do que remediar”.

O presente ensaio foi elaborado para a disciplina de Biologia Econômica e Sanitária, baseando-se nas seguintes obras:


ANVISA (2011). Cartilha sobre agrotóxicos: Série Trilhas do Campo. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9e0b790048bc49b0a4f2af9a6e94f0d0/Cartilha.pdf?MOD=AJPERES. Acesso em 24 de outubro de 2012.
Cunha, H. (2009). Defensivo agrícola: armazenamento, manuseio e descarte de embalagens (ABRAPA). Disponível em: http://www.abrapa.com.br/biblioteca/Documents/sustentabilidade/PSOAL/Cartilhas-PSOAL/Cartilha%20Defensivo%20Agr%C3%ADcola.pdf. Acesso em 24 de outubro de 2012.
PAS Campo. (2005). Boas práticas agrícolas para produção de alimentos seguros no campo: controle de pragas. Brasília, DF: Embrapa Transferência de Tecnologia, 2005. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/854857/1/BOASPRATICASAGRICControledepragas.pdf.  Acesso em 24 de outubro de 2012.
Santos, B. (2011). A origem e a importância dos insetos como praga das plantas cultivadas. Universidade Federal do Paraná, SCB. Disponível em: http://people.ufpr.br/~parasito.florestal/arquivos/origem_praga.pdf. Acesso em 24 de outubro de 2012.

Quando o homem conhecerá o intimo de cada animal?


Série ensaios: Ecologia Urbana

por Guilherme Machado Gonçalves; Héllen Thaiane Moreira Da Silva

Acadêmicos do Curso de ciências Biológicas

No século XVIII o iluminismo foi um marco na história da humanidade, pois, foi nesta época que começaram os grandes avanços tecnológicos. Porém o avanço da tecnologia fez com que o homem se esquecesse de conhecer a si mesmo. Os animais continuaram sendo tratados  máquinas, pois se acreditava que eles existiam com o único propósito de servir ao homem. Durante a Segunda Guerra Mundial o homem passou a utilizar os animais como produção: tanto para alimentação, trabalho, vestuário, pesquisa, na indústria e no entretenimento. Neste momento houve certa preocupação com o bem-estar animal, termo este que ainda não havia sido inventado. 
O bem-estar animal veio a ser conhecido pelo mundo a partir do livro “Animal Machines” de Ruth Harrison em 1964. Este livro colaborou para a criação de comissões que visavam avaliar o bem-estar dos animais de produção e propor melhorias. Visão esta que era voltada apenas para o público, de como os animais deveriam ser tratados em cativeiro. Assim, apenas caracterizava o estado dos animais em cativeiro e após esta análise incrementavam o bem-estar quando sob a responsabilidade de humanos. Portanto, o bem-estar animal tem como base a funcionamento orgânico e a saúde dos animais. É importante lembrar que o termo “bem-estar” também se preocupa com a saúde mental dos animais. Então, fica claro que o bem-estar animal não respeita apenas à qualidade de vida dos animais, mas principalmente à percepção que eles têm dela.
A preocupação com o bem-estar dos animais levanta algumas questões a respeito da utilização destes para o entretenimento. O bem-estar animal é a área que sofre a maior diversidade de abusos contra os animais. A utilização de animais para o entretenimento gera sérios problemas, tanto para o bem-estar do animal em si quanto, em alguns casos, para a preservação da espécie. A indústria do entretenimento usa esses animais para uma grande variedade de funções, como: zoológicos, circos, caças, rinhas, touradas, rodeios e corridas. Os zoológicos foram criados, a princípio, como uma forma de expor os animais para a sociedade, sem nenhuma preocupação com a qualidade de vida desses animais e gerando uma deseducação ambiental nas gerações que viriam. Atualmente, os animais que vivem nos zoológicos ainda são expostos para a sociedade, porém, agora com a justificativa de preservar as espécies que ali vivem. No entanto, o ambiente de cativeiro é um fator limitante, que leva muitos animais a terem comportamentos anormais, pois, não proporcionam a eles as condições que encontrariam em seu habitat natural.
Nós formandos de biologia acreditamos que tendo em vista a dificuldade de se recriar o habitat natural destes animais em cativeiro e em razão disso muitos deles apresentam comportamentos anormais visíveis, esses lugares deveriam ser abolidos e esses animais remanejados para santuários, onde pudessem terminar seus dias com melhor dignidade e qualidade de vida. Porém, deve-se levar em conta que essa atitude demandaria de muito investimento e força de vontade das autoridades em criar leis de fiscalização para estes lugares. Então se torna mais viável a utilização do enriquecimento ambiental, pois, seria talvez a melhor forma de proporcionar um melhor bem-estar animal e diminuir ou amenizar o mal-estar animal.


O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Biologia Econômica e Sanitária II. Baseando-se nas obras:

Animalmosaic. Animal para Entretenimento. Disponível em: > Acesso em: 26 de setembro de 2012.
Chalfun, M. Animais, manifestações culturais e entretenimento, lazer ou sofrimento? Disponível em: < http://www.abolicionismoanimal.org.br/artigos/animaismanifestaesculturaiseentretenimentolazerousofrimento.pdf>. Acesso em: 22 setembro de 2012.
 Fischer. Workshop em ética e bem-estar no uso de animais no entreterinemto. Disponível em: <http://etologia-no-dia-a-dia.blogspot.com.br/2012/09/workshop-em-etica-e-bem-estar-no-uso-de.html> Acesso em: 29 de setembro de 2012.
Harrison, R. “Animal Machines”. London: Stuart, 215p, 1964.
Ladeia, I. R. B. Zoológicos naturalísticos: a diversão do público aliada ao bem estar animal. Disponível em: Acesso em: 20 de setembro de 2012.
Sanders, A.; Feijó, A. G.S. Uma reflexão sobre animais selvagens cativos em zoológicos na sociedade atual. Revista Eletrônica da sociedade Rio-Grandense de Bioética, Porto Alegre, Vol. 1, Número 4, Jul. 2007.